sexta-feira, 3 de novembro de 2017









ELEK SCHWARTZ






Foi na sua terra natal, a Hungria, que Elek Schwartz iniciou a ligação ao futebol, ainda como jogador, no Temesvar. Jogou depois na vizinha Roménia, no Ripensia, acabando por se naturalizar romeno, a carreira como técnico iniciou-se em 1943, e passou pelo Draguignan, Mónaco e Le Havre, tendo posteriormente treinado clubes na Alemanha.

Seguiram-se 7 épocas como técnico da Federação Holandesa e, finalmente, surgiu o convite para treinar o Glorioso.

O contrato foi assinado a 28 de Maio de 1964, pelo que conseguiu chegar a Portugal para ver o Benfica esmagar completamente o porto na final da Taça de Portugal, ganhando por 6-2.




Para além conquistar mais um tricampeonato para o Benfica, conseguiu alguns resultados notáveis no clube, levando o Benfica a mais uma final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Estreou-se como técnico do Benfica num jogo em casa a 22 de Agosto de 1964, com o Atlético Bilbau.

Em relação aos titulares da época anterior, Elek Schwartz fez algumas alterações, mesmo tácticas, que foram decisivas para as prestações ao longo da época. Manteve a estrutura defensiva, com Costa Pereira na baliza, Cavém a defesa direito e Cruz a defesa esquerdo, mas teve a ousadia de ser o primeiro Treinador do Benfica a utilizar com regularidade, sistematicamente e em simultâneo, 2 defesas centrais de raiz, Germano e Raul. O meio Campo foi ocupado por Coluna,  à esquerda pelo único reforço da temporada, Péridis, a dividir a titularidade com Neto, à direita.

No ataque alinharam os 4 habituais titulares, desde a saída de José Águas.. José Augusto, Torres, Eusébio, e Simões!




A táctica pareceu dar os seus frutos, já que o Benfica fez uma época excelente, obtendo Goleadas e Vitórias retumbantes. Por terras lusas, o clube encarnado sagrou-se Campeão Nacional a 3 Jornadas do final do campeonato, alcançando o seu segundo Tricampeonato Nacional.

Na caminhada Europeia, na Taças dos Clubes Campeões Europeus, o clube encarnado também teve muitas alegrias, venceu o Real Madrid por 5-1, eliminando-o da competição nos quartos de final. Nas meias finais, a 5 de Maio de 1965, o Benfica venceu os Hungaros do Raba Eto Gyor por 4-0, conseguindo assim o apuramento para a final.




Foram de festa os dias em que os adeptos encarnados aguardaram pelo dia da final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, um jogo a ser disputado com o Inter de Milão, no estádio de San Siro. Mas este não seria um dia de sorte para os adeptos encarnados, tendo em conta que o Benfica perdeu por 0-1, fruto de um incrivel tento marcado pelos italianos a Costa Pereira.

Todo o ambiente criado pelos adeptos e pela imprensa em torno de Elek Schwartz, levou-o a pedir para não continuar uma nova temporada à frente do futebol benfiquista, antecipando-se à resolução da Direcção que iria no mesmo sentido.




Elek Schwartz além de ser um estudioso do futebol e " dos modernos sistemas de tácticas e treinos" era também um excelente profissional, era o primeiro a chegar de manhã ao Estádio e o último a sair, dirigindo-se a sua casa para estudar os seus apontamentos e preparar o trabalho do dia seguinte. Não precisava de manter a disciplina com castigos nem atitudes rispidas, algo que agradava bastante aos jogadores, mas estava sempre atento aos mais ínfimos pormenores.

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