quarta-feira, 22 de junho de 2016

 JÁNOS BIRI




Nacionalidade: Húngaro
Data de Nascimento: 21-07-1901 (faleceu a 29-03-1983)
Cargo: Treinador
Épocas no Benfica: 1939-1947
Títulos pelo Benfica: 7
3 Campeonatos Nacionais da I Divisão (1941/1942; 1942/1943; 1944/1945)
3 Taças de Portugal (1939/1940; 1942/1943; 1943/1944)
1 Campeonato de Lisboa (1939/1940)
Estreia: 8 de Outubro de 1939, nas Amoreiras
(S.L.Benfica 3 - Belenenses 2)

Último jogo: 2 de Julho de 1947, no Campo Grande
(S.L.Benfica 6 - Boavista 2)

Curiosidades:

- Terminada a carreira de futebolista (jogando na Hungria, Itália, Suiça e Portugal), o ex-guarda-redes assume o comando técnico do FC Porto, e logo no primeiro ano foi vice-campeão, ficando a apenas 1 ponto de distância do campeão S.L.Benfica...
- Foi 5 vezes internacional pela Hungria, colega de equipa de Béla Güttmann, tendo participado nos Jogos Olímpicos de 1924.
- De nacionalidade húngara, mas naturalizado português, foi um treinador que marcou pela inovação metodológica nos treinos e pela conquista da primeira Taça de Portugal, em 1940. Além disso, fez a transição do Campo das Amoreiras para o Campo Grande, no período de oito épocas ao serviço dos encarnados. Mas a sua história com o Benfica é muito mais antiga. Como jogador, na época 1934/35, foi ele quem defendeu as redes do Boavista nas Amoreiras e o “causador” da confusão desse jogo da primeira eliminatória, quando foi empurrado por um adversário e embateu na quina de um poste, fracturando a clavícula. Mesmo continuando a jogar, em ambiente de grande tensão e dramatismo, não evitou a derrota por 6-2. De regresso às Amoreiras, como treinador, deixou um legado impressionante: passava os treinos a melhorar a capacidade técnica dos jogadores, assim como explorava a variação de flanco, aproveitando a versatilidade dos grandes jogadores daquela época, como Francisco Ferreira, Albino, Julinho e Rogério “Pipi”… Foi este último quem deixou um testemunho elucidativo: “Impunha a disciplina, tipo Camacho. Era duro mas educado. Nos treinos, estava sempre a ensinar-nos como marcar penalties e livres. E a sua teoria era perfeitamente lógica. Nos penalties, dizia para marcarmos para cima e não para os lados, para onde os guarda-redes se atiravam sempre”. A década de 40 foi dominada pela presidência de Augusto da Fonseca e pela acção de Janos Biri, tendo o Benfica com o húngaro no comando técnico vencido 3 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal, conseguindo a "dobradinha" em 1942/43. De Janos Biri, fica um dia memorável, 7 de Fevereiro de 1943. O dia em que o FC Porto cobriu a cara de vergonha. Em jogo disputado no Campo Grande, em Lisboa, o Benfica venceu por 12-2. Um resultado que ainda é um recorde na história dos clássicos. Uma tarde gloriosa para os encarnados, que haveriam de ser campeões, perante um rival eterno que teve um ano horrível, terminando em sexto lugar. Perante a felicidade do treinador Janos Biri, o Benfica marcou quatro golos na primeira parte, fez o quinto a abrir a segunda parte, deixou que o FC Porto fizesse o tento de honra, mas logo aumentou para 9-1. Até final os azuis e brancos marcaram mais um golo, enquanto os encarnados fizeram três. No final 12-2.

- Outros clubes que orientou: Académico do Porto, Oriental e CUF.


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